Ele, Francisco, fez sua Páscoa. Por Roberto Liebgott.

Francisco, do primeiro ao último dia de seu papado, mostrou que só se faz uma Igreja libertadora

Última aparição pública do Papa Francisco

Por Roberto Liebgott.

Papa Francisco, de uma Igreja em saída, das portas que se abrem à acolhida, à generosidade e à fraternidade.

Francisco da simplicidade, das vestes comuns e dos gestos puros, do sorriso alargado, das expressões de carinho.

Francisco das mãos estendidas, dos olhares iluminados, das palavras francas e provocadoras, porque queria a sinodalidade.

Francisco dos pés no chão, sabia qual a Igreja que temos, de suas amarguras, comodismos e contradições, mas a amava, porque amava, acima de tudo, os pobres.

Francisco da ecologia integral, da Laudato Si, do Sínodo para a Amazônia, das economias solidárias, dos povos originários, dos jovens, das águas e da Mãe Terra.

Francisco dos encarcerados, dos injustiçados, perseguidos e matados pelas guerras insanas, covardes, gananciosas e genocidas.

Francisco de um último ato, dos mais puros e humanos, quando, mesmo debilitado, foi ao encontro dos encarcerados, a quem levou coragem e conforto, perguntando, na Quinta-Feira Santa: por que eles – no cárcere – e não eu?

Francisco, do primeiro ao último dia de seu papado, mostrou que só se faz uma Igreja libertadora, abrindo-se e saindo para fora, indo ao encontro daquelas e daqueles que precisam de pão, teto, trabalho, mas também de um abraço, de esperança, de paz e de muito amor.

Francisco fez sua Páscoa!

Chapecó (SC), 21 de abril de 2025.

Cimi Sul

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