
Papa Francisco, de uma Igreja em saída, das portas que se abrem à acolhida, à generosidade e à fraternidade.
Francisco da simplicidade, das vestes comuns e dos gestos puros, do sorriso alargado, das expressões de carinho.
Francisco das mãos estendidas, dos olhares iluminados, das palavras francas e provocadoras, porque queria a sinodalidade.
Francisco dos pés no chão, sabia qual a Igreja que temos, de suas amarguras, comodismos e contradições, mas a amava, porque amava, acima de tudo, os pobres.
Francisco da ecologia integral, da Laudato Si, do Sínodo para a Amazônia, das economias solidárias, dos povos originários, dos jovens, das águas e da Mãe Terra.
Francisco dos encarcerados, dos injustiçados, perseguidos e matados pelas guerras insanas, covardes, gananciosas e genocidas.
Francisco de um último ato, dos mais puros e humanos, quando, mesmo debilitado, foi ao encontro dos encarcerados, a quem levou coragem e conforto, perguntando, na Quinta-Feira Santa: por que eles – no cárcere – e não eu?
Francisco, do primeiro ao último dia de seu papado, mostrou que só se faz uma Igreja libertadora, abrindo-se e saindo para fora, indo ao encontro daquelas e daqueles que precisam de pão, teto, trabalho, mas também de um abraço, de esperança, de paz e de muito amor.
Francisco fez sua Páscoa!
Chapecó (SC), 21 de abril de 2025.
Cimi Sul